Os dois.
Na minha vida peregrina pela internet, quando chega a madrugada e não tem mais ninguém pra flertar no msn, não há nada de interessante para comentar-se no twitter e quando você já fuçou até a vida da amiga do suposto rapaz que está ficando com o garoto no qual você está interessado (isso sempre acontece comigo), decidi que estava na hora de eu fazer algo para acabar com o meu tédio. E, uma das maneiras de se acabar com o tédio é fazer aquilo que você mais gosta, no meu caso: escrever. Agora, sobre o quê?
Nessas horas vêm centenas de ideias na cabeça. Poderia escrever sobre moda, afinal, gays sempre estão por dentro de todas as últimas tendências. Mas logo vi que não daria certo. Tudo bem, eu entendo de moda, porém não é o suficiente para eu dar minha opinião sem o medo de algum metido a Alexandre Herchcovitch vir contestar minhas ideias.
Então pensei em escrever sobre fofocas, sobre a vida dos famosos, pois gays são experientes em saber da vida alheia e tecer comentários de formas divertidas. Entretanto, há centenas de pessoas que escrevem sobre isso e eu nem sou tão ligado assim pra ficar toda semana escrevendo sobre o que tal famoso fez ou deixou de fazer. Na verdade, acho melhor cuidar da vida de pessoas que são da minha cidade (principalmente se for um ex namorado). Nota: também descartei a ideia de escrever sobre eles, não tenho tempo nem dinheiro pra gastar com processos jurídicos e advogados.
E, foi assim, tudo o que eu pensava se tornava clichê, complexo, ou não era tão novidade assim. Continuei no tédio.
Desisti disso tudo e pus um episódio de Sex And The City pra eu assistir e, na melhor das hipóteses, dormir. Mas, não!
Na maioria dos episódios de Sex And The City, Carrie Bradshaw, a personagem principal, escreve sobre relacionamentos para uma coluna no jornal. Veio-me rapidamente a ideia de escrever sobre isso também, afinal, quem melhor do que eu pra entender (ou achar que entende) de relacionamentos? (abaixo, meu curriculum sentimental):
• Quatro namoros que não duraram mais de 3 meses (“A Maldição dos 3 meses”, um dia explicarei);
• Outras dezenas de “ficas” que não duram mais que uma semana;
• Alguns corações destruídos (principalmente o meu).
Poderia eu não entender sobre essa loucura que é ter uma relação?
Porém (sim, vocês perceberam que na minha vida sempre haverá um “porém” pra foder tudo) essa ideia cai no arquivo de “assuntos que não são novidades”. Carrie Bradshaw fez isso nos anos 90 e meados dos anos 2000 e hoje há centenas de Adeles no mundo que, pra lidar com um fim de um relacionamento, criam músicas, blogs, livros e qualquer outro meio de comunicação pra mostrar pro cara que: Ei, babaca, você me deu um pé-na-bunda, mas eu tô aqui compartilhando essa dor com outras milhares de mulheres que aprenderão (ou, nem sempre) a não acreditar em idiotas como você. Logo, como eu poderia inovar?
Ah, esqueci de dizer uma coisa: eu sou gay.
Espera aí, eu sou gay! Até hoje não vi nenhum site (que não seja pornô, claro) que fale sobre relacionamentos gays. E, a maioria (tudo bem, todos), os relacionamentos que eu tive foram com homens... gays. Touché! Encontrado um assunto que eu entendo, não há muitas pessoas que dissertam sobre e, melhor, vivo isso todos os dias. Pronto, surgiu o blog!
Pretendo compartilhar com vocês todos os altos e baixos de uma relação, que pode ser tão mais complicada que uma relação heterossexual. Espero que gostem!
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